Talvez eu só saiba falar sobre mim, mas eu sou tudo que me resta nesse mundo louco. Embora eu engane a mim mesma - e eu me engano - há sempre algumas verdades imutáveis que eu poderei dizer sem medo. A solidão. Talvez a solidão seja toda a beleza que há em mim. As longas horas perdidas em músicas e livros me fazem ter certeza de que eu cresci. Não preciso mais me apaixonar toda semana, desde que aprendi - de maneira dura - a me amar em primeiro lugar as pessoas se tornam um pouco menos necessárias, então qualquer novo adeus dói menos e qualquer nova chegada ilude menos também. Talvez isso seja crescer: Controlar a própria dor em troca de uma pouca tranquilidade. O próprio amor se torna tão diferente. Você exige um pouco menos de si mesma e um pouco mais do outro. Cansou aquele seu antigo eu que doava a meia e as botas em troca de um sorriso do outro. Você deseja sorrir um pouco também. E que o outro faça isso bem feito, afinal você fazia, não é? Os meios não interessam mais. Desejamos sentir cada vez mais, embora não pareça. Qualquer sentimento igual e/ou menor que o anterior é descartado sem nenhuma culpa. O lema é sentir. Que cada vez queime mais. Eu vivo mudando, mas algumas verdades sempre ficam.
- JessicaCristina
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