Feito ”era uma vez”, recomecei a minha história. Pra esquecer o amor, continuei vivo. Me atrevi até a ir numa destas baladas que tanto evitava. Me acabei, dancei, me amei. Mesmo assim não passou, pronto. Mas está passando. A cada verso, a cade presente que me dou, vai passando. Com verso, com rima, com coragem e cheio de atrevimentos está passando. E não para de passar - eu é que não vou deixar, esta minha vida regressar ao que não deve. Estou saindo com uns amigos pra pra dançar pra ver se fico mais leve. Troquei de música. Danço comigo, e com um monte de gente bonita agora que comecei a me amar. Me enxergo, me levo a lugares onde nunca pensei estar. Fiquei até mais bonito, minha boca se encheu de riso. Vivo - confuso, atribulado, aflito - mas vivo, ainda mais vivo. Me sinto meio desmedido. Me sinto leve, vivo. Vivo pra sentir, vivo pra gritar nesta pista: Já sei viver, agora sou meu novamente, inteiramente - e completamente - meu.
- Espera aí, espera aí, acho que já passou, será?
Igor Lopez
Nenhum comentário:
Postar um comentário