Abri os olhos. E percebi que tinha ficado muito tempo ali, pois tinha escurecido. Fechei os olhos de novo, tornei a cruzar os braços, esperei. Mas nada mais aconteceu. Poderia ser simplesmente uma emoção estética, qualquer coisa assim. Não sei explicar porque escrevo isso, mas sei que não era. Não foi, também, um sentimento passageiro. Tanto não foi que estou até agora envolvido nele. Parece que me deu mais profundidade, um pouco mais de fé, de certeza, como se eu tivesse vivido uma vida inteira naqueles minutos e soubesse, então, que existe algo por trás.
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