sábado, 19 de novembro de 2011


Sabe aquela garota ali? Talvez tenha sido o acúmulo de decepções, de amores não correspondido, de sonhos não realizados. Talvez tenha sido o cansaço da vida monótona, que ela resolveu mudar. Soltou o cabelo, colocou uma roupa bonita, ligou para as amigas e disse que, a partir de agora, toparia qualquer saída. Cansou de ficar em casa sozinha, chorando lágrimas secas, se remoendo e morrendo por dentro. Então pela primeira vez saiu para noite, foi conhecer novos ares, novas pessoas, novos lugares. Era um shot atrás do outro, começou a se soltar, na pista de dança ninguém a reconhecia, ela avisara que iria mudar. Tocasse qualquer música, ela se ousaria a dançar, sozinha, com alguém, não importava, a noite era jovem e ela não tinha hora para voltar. Foi tomando gosto pelas aventuras, baladas, bailes funk’s, show’s, não importava o que era, qualquer coisa que tivessem em mente ela iria só para não ficar em casa se lembrando de seu passado. A saída foi se tornando mais frequente, um final de semana ao mês, depois dois, três, até que, sexta e sábado à noite ela dificilmente ficava em casa. Experimentava tudo que era de seu alcance, bebidas, cigarros, drogas, sua curiosidade era enorme e não conseguia evitar. Se quisesse um cara ela o conseguia beijar. Sabia dançar até o chão, queria toda a atenção. Fotos, risos, bebidas, o fim de semana não poderia ser melhor. Deixava que falassem o que quiser, falem mal, falem bem, a atenção era dela, era isso que ela queria, era isso que ela gostava. Passou-se um ano, dois, e ela continua nessa vida, mas se perguntando quando ela vai parar, quando o amor irá encontra-lá, quando alguém vai fazê-lá parar. Seu passado ela superou, agora atura qualquer dor, e, apesar da vida maluca que ela vem seguindo, ela ainda está a procura de um amor.-M. Frangello Franzese  Sabe qual o grande problema do século? Se preocupar com as coisinhas mínimas, fúteis e vãs. Se estressar e perder os preciosos cabelos com cada bobeira. Se a roupa manchou de tinta, aproveita e pinta o resto; se escureceu, dorme; se está triste, um sorriso cura; se cair, levante e ria da queda; se chora, enxuga; se está quente, toma banho de mangueira; se está atrasado, correr não vai mudar muita coisa; se chove, rega as rosas; se está calmo demais, canta; se esfria, abraça. Tudo se encaixa, se resolve, não precisa gritar, se irritar e nem se desesperar. A vida se ajeita com calma e um pouco de otimismo no bolso.

Layla G.

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