Essa vida é mesmo muito bizarra. Você dedica parte da sua história atrás de alguém - atrás não, porque é coisa de mulher inferior - mas enfim, ''atrás'' de coisas que você achava ser o certo para você, você sofre, você acha que vai morrer sozinha e que é a pessoa mais feia do mundo - sim, é assim -, e depois de alguns anos aquela dor insuportável já nem dói tanto. No primeiro mês você pensa em correr atrás, no segundo mês você pensa em chutar o balde e ''ligar um foda-se'', no quarto mês você pensa em se abrir para outro amor, mas desiste porque não é capaz, no sexto mês você está mais linda que nunca e surge várias propostas interessantes mas você não leva a sério ninguém, em um ano você acha que encontra o amor próprio até que o infeliz te liga e você acha que tudo será diferente, você se ilude novamente e mais quantas vezes for preciso - depende do seu nível de burrice, ou como você iludida achará melhor dizer ''carência'' -. Mas ai garota, quando esse período passar, você encontrará o amor próprio, o verdadeiro, e vai te chamar de burra por tudo que passou, - mas voltando ao passado faria o mesmo -, e então quando ele te procurar você já vai achar ele tão insignificante, tão pequeno, que não vai querer sentir nem o cheiro dele perto de você. Ele não mandava você ser feliz sem ele ? Olha o mulherão que você se tornou, ele é tão pequeno pra você agora... É difícil sentir algum sentimento a não ser pena não é ? E ainda acredite, quem te conhecer depois de toda sua superação vai te chamar de orgulhosa, calculadora e fria, mas você vai estar em um estágio tão adiantado de amadurecimento, amor próprio ou chame do que quiser, que isso não te incomodará. E você vai se perguntar:'' Quem disse que o tempo e uma dose de amor próprio não resolveria ? ''
Brenda Dias
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